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Crise hídrica e seus impactos na conta de energia

Crise hídrica

Com a chegada do período de estiagem na maior parte do país, os reservatórios de algumas das principais usinas hidrelétricas se esgotam, o país mais uma vez enfrenta o risco de racionamento de energia e apagões elétricos. Uma das justificativas é que os níveis dos reservatórios das regiões Sul e Sudeste estavam entre os mais baixos para o mês de maio desde 2001 – ano em que o país enfrentou uma das maiores crises hídricas da sua história e um momento de racionamento.

O cenário atual é afetado por um fenômeno natural denominado El Niño Oscilação Sul (ENOS), que está causando estiagem nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, onde estão localizados os maiores reservatórios hidrelétricos do país, que estão no pior nível em 22 anos.

Será necessário racionamento?

A boa notícia é que, em comparação com  incidentes semelhantes no Brasil, o risco de racionamento é menor porque a capacidade de geração de energia instalada atualmente é mais diversificada em fontes térmicas, eólica e solar. Além disso, nos últimos anos, houve um aumento substancial das linhas de transmissão, o que tem promovido a exportação de energia entre estados e regiões do país.

Nas atuais circunstâncias, a importância dos recursos de energia eólica tem chamado a atenção, e a energia eólica já responde por 10% da produção de energia do Brasil. Em 2001, eles quase não existiam. As linhas de transmissão também acompanharam o movimento, aumentando sua extensão de 70.000 quilômetros para 145.600 quilômetros.

E as outras fontes de energia?

Mesmo que a matriz energética seja mais diversificada, a falta de chuva acaba tornando a produção de energia mais difícil e cara. O aumento nas contas de energia do consumidor também se deve à dependência do Brasil da matriz energética hidrelétrica. Aproximadamente 63% da energia vem dessas matrizes, além disso, utilizar outras fontes de energia no curto prazo é uma opção mais cara, resultando em preços mais elevados na conta.

Isso porque, com a falta de água, é preciso concentrar a produção em usinas termelétricas para atender à demanda do país. Elas são mais caras e funcionam com base na queima de combustíveis. Com isso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou o sistema de Bandeiras Tarifárias para cobrar valores adicionais nas contas de energia quando a geração de energia não se encontra em condições favoráveis.

Reajuste Tarifário

Em julho de 2021, com a manutenção da bandeira vermelha patamar 2, a Agência Nacional de Energia Elétrica elevou o valor da tarifa para R$ 9,492 por 100 quilowatts-hora (kWh), 52% maior do que a tarifa praticada em junho (R$ 6,24). Nos dois meses, o valor cobrado corresponde ao patamar 2 da bandeira vermelha, que prevê os maiores reajustes em função da elevação dos custos de geração. Em maio, o valor cobrado pelos mesmos 100 kWh era de R$ 4,169 e a bandeira tarifária era vermelha patamar 1. Em abril, com bandeira amarela, a tarifa era de R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos.

Gráfico 1: Histórico de Bandeiras nos Últimos Meses. Fonte: Elaboração própria com dados obtidos na ANEEL.

Em julho, as afluências nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) continuaram entre as mais críticas do histórico. Agosto iniciou com igual perspectiva hidrológica, com os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano. Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico.

Com a manutenção da bandeira vermelha em seu maior patamar e a piora da crise hídrica, a ANEEL criou um novo patamar de bandeira tarifária para as contas de luz de todo o país. A Bandeira Tarifária Escassez Hídrica, isso representa uma alta de 49,63% em relação à bandeira vermelha patamar 2, que era a mais alta do sistema e estava em vigor nos últimos meses. De acordo com o texto divulgado pela agência, a previsão é que a nova bandeira permaneça em vigor até 30 de abril de 2022.

Gráfico 2: Novo quadro de bandeiras tarifárias. Fonte: G1.Globo

Com isso, é importante reforçar aos consumidores ações relacionadas ao uso consciente e ao combate ao desperdício de energia.

Dicas de Economia de Energia:

Chuveiro elétrico

  • Tomar banhos mais curtos, de até cinco minutos;
  • Selecionar a temperatura morna no verão.

Ar condicionado

  • Não deixar portas e janelas abertas em ambientes com ar condicionado;
  • Manter os filtros limpos;
  • Diminuir ao máximo o tempo de utilização do aparelho de ar condicionado;
  • Colocar cortinas nas janelas que recebem sol direto.

Iluminação

  • Utilizar iluminação natural ou lâmpadas econômicas e apagar a luz ao sair de um cômodo;
  • Pintar o ambiente com cores claras.

Aparelhos em stand-by

  • Retirar os aparelhos da tomada quando possível ou durante longas ausências.

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