Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil é considerado o país campeão em incidência de raios, registrando uma média de 77,8 milhões de raios por ano que chegam a ocasionar cerca de R$ 1,2 bilhões em prejuízos. Este fato possui uma explicação geográfica: o Brasil é o maior país da zona tropical do planeta, onde o clima é mais favorável à formação de tempestades e de raios devido às temperaturas elevadas.
O Brasil é o país campeão em incidência de raios. Fonte: Tempo Agora.
Os raios são descargas atmosféricas elétricas de grande intensidade, produzidas devido o contato entre as nuvens de chuva durante uma tempestade. Através do atrito, a carga é gerada na atmosfera e descarregada na terra, percorrendo distâncias da ordem de 5 Km. A intensidade da descarga de um raio varia de 2 mil a 200 mil ampére, podendo ocasionar danos em diferentes escalas, como explosões de transformadores da rede de energia, queima de eletrodomésticos e até mesmo a destruição total de residências que venham a ser atingidas.
Onde os raios costumam cair?
O raio sempre procura o caminho de menor “resistência” entre a nuvem e o solo. Diante disso, pontos altos e pontiagudos favorecem o início da descarga elétrica como torres metálicas, topos de montanhas, edifícios altos, antenas externas, árvores isoladas, casas em campos abertos e redes elétricas.
Como proteger seu edifício, residência ou construção das tempestades de raios?
O para-raio é a principal forma de se proteger contra essas intempéries da natureza, o qual permite que a descarga elétrica possa chegar até o solo sem entrar em contato com a edificação e com as pessoas que se encontram em seu interior, evitando danos à estrutura e a vida humana. É válido ressaltar que o para-raio não interrompe o raio mas permite que a descarga elétrica seja conduzida de forma segura até o solo.
Como os para-raios funcionam?
De modo geral, os para-raios são compostos por três componentes básicos:
Terminais Aéreos: Instalados no ponto mais alto da edificação, são responsáveis por atrair os raios. São compostos por uma haste de metal de cobre, alumínio ou aço.
Condutores de Descida: São responsáveis por conduzir a carga elétrica do raio recebida pelos terminais aéreos até os terminais de aterramento. Normalmente, são feitos com revestimento de cobre.
Terminais de Aterramento: São responsáveis por dissipar a descarga elétrica no solo. São compostos por uma placa de cobre ou revestida por cobre enterrada no terreno da construção. O nível de aterramento varia de acordo com as características do solo.
Tipos de Para-Raios
Os tipos de para-raios mais comuns no Brasil são o para-raio de Franklin e o para-raio de Melsens:
- Para-raio de Franklin: É composto por uma haste metálica que desce até o solo e toda a energia do raio é conduzida através desse cabo único. Este é o modelo mais comum no país.
- Para-raio de Melsens: Este modelo também é conhecido como “Gaiola de Faraday” e, ao contrário do modelo de Franklin, é composto por uma série de hastes condutoras. É instalada uma malha de fios metálicos no topo do edifício, a qual lembra uma gaiola.
Muitos especialistas indicam a instalação dos dois tipos de para raio, oferecendo uma maior proteção à edificação com a operação dos dois modelos
Regras e Normas sobre Para-Raios no Brasil
A Norma NBR 5419 serve como base para a instalação e manutenção de para-raios e os Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Esta norma também define qual a exigência de para-raios e SPDAs para edificações específicas como imóveis com ocupação residencial privativa multifamiliar, com 20 metros ou mais de altura ou área construída de 750 m² ou mais, informações apresentadas detalhadamente no blog post da LUMUS, SPDA: Como saber se eu preciso?. Além da norma nacional, alguns estados brasileiros contam com a própria legislação, sendo assim, os condomínios precisam respeitar a NBR 5419 e ainda adequar-se às especificidades das regras da região onde se encontram.
A falta de equipamentos ou a necessidade de manutenção no sistema de proteção contra descargas atmosféricas impede a emissão do atestado para funcionamento fornecido pelo Corpo de Bombeiros, sendo assim, a edificação fica passível de sanções administrativas.
E aí? Compreendeu a importância dos sistemas de para-raios para a sua segurança? O Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) do seu edifício está regularizado? Contate agora a LUMUS para uma avaliação gratuita da proteção e segurança da sua edificação!